corrimão


E lá vou eu a meio do corrimão da vida.
Tenho a tendência de olhar para trás  mas o tempo sempre a buzinar diz -não é por aí! Já foi caminho que andaste, de que te vale voltar para trás? 
Olho para o relógio, os ponteiros mostram- me memórias que ficaram. E por vezes a saudade magoa. 
Este corrimão só tem um sentido. Talvez não queira saber o que tem mais à frente? O agora é mais seguro neste corrimão, onde inevitavelmente me agarro. Tenho-o aqui mesmo, agora, na minha mão. Aquelas memórias não mais estarão nos meus dedos. Tenho que seguir viagem. Se não der um passo não terei caminho mais à frente, e depois que passado terei para recordar ? É melhor seguir o tempo e viver este corrimão. Ele me ampara nos tropeços dos caminhos desnivelados. A este corrimão posso dar um nome, o que escolho para ele é, amor. 

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