tempo



Por esse rio erudito, onde tudo corre , tudo mesmo, mesmo o nosso tempo. Nesse luxo doente , carente de cuidado, nos vemos perdidos, desejosos do que não podemos ter. É nesse rio actual que penso em tudo , em tudo tudo,  em tudo mesmo, mesmo no nosso tempo . A luxúria com que nos gastamos fez perder o que nos era mais valioso. O rio erudito corre e continuamos cegos a tudo, a tudo mesmo, mesmo ao nosso tempo. Confio, confio mesmo ao ver o rio correr , essa velocidade actual , que me penetra a pele descansada, mas que não era suposto. Vejo que nos desgastamos, que como pedras desse rio tornamo- nos areia, culpa desse luxo doente que consumimos sem contemplar o nosso tempo que é o mais valioso, mesmo nosso.

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